Se eu errei, é melhor que me digas,
porque as falas caladas, são pior que
formigas
trabalham em cima
de ortigas
molestam culpas de ninguém.
Atingem inocentes... perfeitos, amigos,
pai e mãe.
Se eu te fiz assim tanto mal, se de facto
eu errei, diz-me,
diz-me com calma ou num ímpeto de
ansiedade,
tudo é preferível à muda passividade,
à ausência de nada e à condenação sem
defesa.
Às vezes... o que parece
não é,
ou se o é, não o é na sua totalidade.
Mistura-se com a realidade de cada um,
com aquilo que lhe dizem e pensam saber
sem falar.
A tua versão irmão, contada, que nada diz
de concreto,
só a aversão a mim própria projectada,
neste nosso amor predilecto,
tem a força da emoção do amor repartido
em tantos outros amores comprometidos,
tem a ignorância dos factos vividos em
cada lado
em tantos outros amores comprometidos,
que o teu amor primeiro saiu molestado
arrastando com ele inocentes imaculados, em danos colaterais,
que não vos puderam amar mais... ou dizer
abertamente
que vos amam ainda, perturbados.
Eu não sabia que tinha errado, e hoje ao
certo, não sei o que fiz.
Como interiorizar e pedir perdão?
Condenada? Talvez... Sim. Ai, mas os outros, NÃO!
Se alguém te fez assim tanto mal, diz!
Diz-lhe com calma ou num ímpeto de
ansiedade,
não há nada como a verdade esclarecida
tudo é preferível à muda passividade, à
ausência de vida.
Ao acordar... Vi que já não estás cá, mas vives no
meu coração.
Se eu errei... em 16 de Agosto de 2014, sábado