A propriedade de
ninguém...
A propriedade de alguém.
Dispõem dela muito bem e
só pagam...
no além?
Lembras-te disso avó?
Lembras-te disso... mãe?
E nada-se igual nesse vai
vem.
Dá arrepios pensar em
terrenos baldios
e descuidados... mas porque
razão?
Tu sabes o que se passou?
Não sabes, eu cá também
não.
É apenas a solução, a
vossa solução definitiva
que surgiu rápida e activa
como adivinhação
esperou o fogo e a
combustão
esperou as lágrimas e o
verão.
Não faremos expropriação
nem tão pouco ocupação.
Oh almas de voluntariado
solidário temporário e
generoso
a cuidar e a proteger como
um operário zeloso
ou como uma mãe dedicada
que de tão altruístas
conquistam bens privados
preocupados com os efeitos
higiénicos
de limpeza para a causa
comum.
Que beleza Senhor!
Será que cada um terá
tanto amor pra dar, tanta orientação...
Será que cada um cuidará só por integridade e abnegação?
Tomam
a posse pra cuidar
Tomam
a posse pra zelar
e não o fizeram antes
naquilo que era seu.
Porquê Senhor? Ninguém entendeu.
Já existia neles o amor.
Já existia neles... a
certeza da verdade e da convicção
e não agiram não.
Não podem confirmar a ascendência
e a descendência.
Não podem confirmar uma
ausência em permanência.
Não podem confirmar o
local de residência ou a incapacidade.
Mas há solidariedade e o
bem-fazer sem temer cometer injustiças.
Sabes disso avó, sabes
disso... mãe.
Será o que lhes convém?
Vão “opar”, vão obrigar a
vender pelo seu preço,
e até sem dono nem
endereço, deixam passar o tempo
para dar tempo a outro começo
e aquela lei,
há muito tempo feita bem
escorreita.
A posse é temporária.
A propriedade é de ninguém
e passará a ser de alguém?
E o que farão com ela?
Estarão só à espreita da
porta aberta ou da janela?
Alguém entrará por ela.
Cuidado, aqui não haverá ladrão autorizado
é só a solução provisória. E no seu entender
a qualquer momento, tudo ainda poderá reverter
e voltar a ser do dono legítimo. Não há que temer!
é só a solução provisória. E no seu entender
a qualquer momento, tudo ainda poderá reverter
e voltar a ser do dono legítimo. Não há que temer!
Mas terá de o saber para o
comprovar.
Há que comunicar.
Há que comunicar.
Sem conhecimento não
há validação.
O amor extremo cega o
coração
e essa propriedade carece
de identidade.
Não pode ser comprada se
não é vendida.
A propriedade não veio do
nada
e será sempre a história e
a vida de alguém.
Como a tua Avó, como a tua...
Mãe.
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